A preocupação com fraudes de cartões de crédito e débito ainda ocupam espaço na mente de consumidores e instituições financeiras. Por isso, as empresas do setor continuam trabalhando para garantir as melhores tecnologias de proteção e segurança no uso do cartão. Só em 2018 foram realizadas 35,8 mil transações por minuto usando o cartão, o que representa uma média de 180 transações por pessoa ao longo do ano. Um dos sistemas de segurança utilizados globalmente é o EMV. Entenda melhor o que é e como funciona essa norma de pagamento.

Tarja Magnética VS Chip EMV

Antes dos chips e smart cards, o principal sistema de armazenamento de dados nos cartões era a traja magnética. Apesar de ainda ser utilizada, esta tecnologia não é mais suficiente para garantir a segurança de operações financeiras. Os cartões magnéticos têm limitações como falta de segurança do armazenamento dados, capacidade de memória limitada impedindo que o cartão tenha ao mesmo tempo as funções de crédito e débito, e fácil reprodução e clonagem dos dados armazenados. Já os cartões equipados com chips não têm os mesmos problemas. Os dados do usuário são armazenados de maneira segura por criptografia, a maior capacidade de memória e os microprocessadores internos permitem múltiplas funções em um mesmo cartão, é necessária uma senha de autenticação, e os dados do chip não são facilmente acessados dificultando fraudes. Um dos sistemas desenvolvidos para garantir a segurança dos cartões com chip é o EMV.

O que é EMV afinal e como funciona?

EMV é um padrão de pagamentos seguros que ganhou esse nome em referência à Europay, MasterCard e Visa responsáveis pelo desenvolvimento dessa tecnologia. Esse sistema baseado em cartões inteligentes permite a interoperação de chips e terminais para operações de crédito e débito em pontos de venda e caixas automáticos de modo mais seguro em comparação com os cartões de tarja magnética.

No geral, o padrão EMV define regras e padrões em relação a modalidades de operação dos cartões de crédito com chip, a suas características físicas e elétricas, e a normas de segurança. São definidas também regras de interação entre os cartões e os terminais de pagamento.

O chip EMV já é parte comum da estrutura dos cartões de crédito e débito atualmente e é através dele que é feita a comunicação e a interoperação entre o cartão o terminal e o banco.

Os microprocessadores e microcircuitos instalados no chip não podem ser acessados após a finalização do cartão e são eles que operam dados dinâmicos digitais. Assim, o chip transmite um código único para a cada transação e com o a senha do usuário é possível autenticar e aprovar a transação instantaneamente. É com essas características técnicas que o padrão EMV tem garantido mais segurança para as operações financeiras em mais de 80 países.